sexta-feira, abril 09, 2010

Hoje

troia 2008
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Tenho vontade
Que a verdade
Seja real...
E chegue já amanhã
Não tarde mais...
Quero que a liberdade
Nos leve a algum lugar
E não se limite a ditar
O que não somos...
Quero acção
Gestos e palavras
Sorrisos e passos dados,
Mão na mão,
Até onde o coração
Nos quiser guiar...
Por isso grito à Vida
Que aconteça
Que seja
Hoje.
Que estou cansada de sonhar.
Que sei o que quero.
Que sei o que fazer.
Que estou pronta para viver!...

Joaninha
9Abr10

5 comentários:

dinis disse...

Há algo que me faz lembrar o Cântico Negro, do não menos grande José Régio.

Talvez esta vontade incontornável de seguir caminho, de se atirar ao mar. No caso do José Régio, de se atirar ao seu própio mar.

Obrigado pelo poema e pelos 15 minutos "perdidos" a lê-lo e relê-lo.

Beijos

Josaints disse...

Comparar-me a José Régio é talvez (friso o talvez :p ) exagerado! :) Ainda por cima enferrujada como estou em poesia e português em geral!

Obrigada, de qualquer forma...

Afinal o ser Humano tem todo a mesma ânsia de grandeza e de Vida, não é? é preciso é que se diga!

beijos

dinis disse...

Acho que tens razão, mas a fracção da humanidade que eu (realmente) conheço é tão (ínfima) pequena que não me permito a essas observações latas.

Mas, sempre tentei lutar contra essa ânsia de grandeza. Mas a vontade de ser superior (aos outros, arrisco-me a confessar) é demasiado grande.

Será preciso que se diga? Será preciso que se reprime?

Nada sei...

Josaints disse...

Não acho que a ânsia inata do ser Humano seja ser maior que os outros. Porque só com os outros somos mesmo grandes...

E sim, por em palavras a Vida é em si mesmo uma grandeza muito bela e particular do ser Humano.

Aliás, eu sinto que a reflexão necessária ao acto de verbalizar o que queremos é em si só uma mais valia à concretização da vontade...

Enfim, hoje o sol pôs-me assim!

:)

dinis disse...

Pensava em outro tipo de coisas... enfim, a mente humana é um labirinto (sem elementro neutro) intricado.

Por outro lado acho que verbalizar é tornar as coisas mais reais, mais palpáveis.

E na minha opinião, há coisas que não podem (ou não devem) ser mergulhadas na realidade.

Hoje o sol desapareceu.

(O ritmo da vida não me deixou responder mais cedo)