sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Saudades!...

Versailles 2011


ahhhh!!!...
Será que se não fosse portuguesa não custavam tanto?
Ou será que seria pior por não conseguir dar um nome ao que sinto?
...
ahhhh!!!

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

" ...a tua meta, está deste lado, da tua vida..."

   Antes de começarem a ler o post façam o favor de por os phones e carregar aqui e deixar tocar!

   Agora sim! Já há um tempo que queria escrever sobre esta canção dos "recém-nascidos" Deolinda :) No natal o meu menino ofereceu-me o cd, vindo de longe, que andou no carro as férias todas. E eu fiquei com a musica no ouvido e, é bom que se diga, no corpo todo! Porque é a letra, é o ritmo, é o tom, é a garra, é mais ou menos tudo que me fala nesta canção!...
   Acho completamente deliciosa (e muito inteligente!...) a maneira como o texto desta canção, ao estilo  popular, fala precisamente a linguagem da nossa geração: "muda de nível,(...) põe um modo compatível, com a minha condição"... Acho completamente deliciosa e profunda e verdadeira esta visão de que temos escolha sobre em que lado da nossa vida queremos viver: se do lado da "guerra" que inventamos nas nossas solidões, se "deste lado", ao lado de quem define a nossa "meta"... Acho completamente delicioso o tom mandão que nos faz ter vontade de saltar da cadeira e ir com a Ana para a rua!... Acho completamente delicioso o sorriso malicioso e a certeza apaixonada de quem diz "Dou-te a vantagem, tu com tudo, eu sem nada, que mesmo assim, desarmada, vou-te ensinar a perder"...
   Podia quase repetir o texto palavra a palavra e dizer porquê gosto tanto. Mas o que me fica mais cada vez que oiço esta canção é a sensação de que é possível ser-se inteiro, audaz, corajoso na vida. De que se pode enfrentar o dia-a-dia com as mãos na anca, com um ritmo de dança saltitante nos passos, com aquela melodia que espalha sorrisos na voz.
Eu quero ser assim.
Tal e qual!  :)


___________


"Anda, desliga o cabo, 
que liga a vida, a esse jogo, 
joga comigo, um jogo novo, 
com duas vidas, um contra o outro.




Já não basta, 
esta luta contra o tempo, 
este tempo que perdemos, 
a tentar vencer alguém.

Ao fim ao cabo, 
o que é dado como um ganho, 
vai-se a ver desperdiçamos, 
sem nada dar a ninguém.




Anda, faz uma pausa, 
encosta o carro, 

sai da corrida, 
larga essa guerra, 
que a tua meta, 
está deste lado, 
da tua vida.




Muda de nível, 
sai do estado invisível, 
põe o modo compatível, 
com a minha condição, 
que a tua vida, 
é real e repetida, 
dá-te mais que o impossível, 
se me deres a tua mão.




Sai de casa e vem comigo para a rua, 
vem, q'essa vida que tens, 
por mais vidas que tu ganhes, 
é a tua que, mais perde se não vens.




Anda, mostra o que vales, 
tu nesse jogo,  vales tão pouco, 
troca de vício,  por outro novo, 
que o desafio,  é corpo a corpo.




Escolhe a arma, 
a estratégia que não falhe, 
o lado forte da batalha, 
põe no máximo o poder.




Dou-te a vantagem,

tu com tudo, eu sem nada, 


que mesmo assim, desarmada,

vou-te ensinar a perder.



Sai de casa e vem comigo para a rua, 
vem, q'essa vida que tens, 
por mais vidas que tu ganhes, 
é a tua que, mais perde se não vens."


Deolinda