A poesia é para mim, desde já alguns anos, uma maneira de expressão previlegiada. Não consigo explicar muito bem porquê gosto tanto de escrever. Ou de ler.
A verdade é que de vez em quando tenho muita muita vontade de escrever.
Não quero que nos meus poemas se leiam grandes verdades. Ou que por eles se analise o meu eu. Normalmente os poemas são fruto de algum sentimento mais teimoso em determinado momento. Não quer dizer que toda eu seja melencolismo, ou angústia, ou qualquer outro sentimento que trespasse neste ou naquele poema.
Cada poema que escrevo torna eterno um momento. Como uma fotografia. E acho que por isso é que gosto tanto deles. Porque neles vive sempre o momento que teima em fugir sempre.
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Não quero olhar para trás.
Antes quero
Sentir o sol quente na face
E sorrir...
Antes quero
Olhar quem me olha
Como sou,
Com tudo o que sou.
Não quero olhar para trás.
E lamentar as horas perdidas
Entre lágrimas
E ódios
E nadas...
Quero sentir-me viva.
Sentir-me eu.
E se estou só,
Só olharei o sol que parte
E escreverei a sua cor,
E escreverei a minha dor
Em versos lindos
De amor!...
Joaninha