"Queria abraçar-te
E segredar-te
Que tudo vai acabar
bem..."
... e o recíproco?
hummm!.....queria!
"Consegues ver lua? Tá Fantástica!"
Aqui fica a minha música favorita de todo o sempre. Recomendo! Faz bem à alma! ;)
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Vai minha tristeza
E diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade
É que sem ela não há paz
Não há beleza
É só tristeza
E a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços
Os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim
Colado assim
Calado assim
Abraços e beijinhos
E carinhos sem ter fim
Que é prá acabar com esse negócio
De viver longe de mim
Vamos deixar desse negócio
De você viver sem mim
Antonio Carlos Jobim
e Vinícius de Moraes
1958
A poesia grita em mim
Sufocada
Por silêncios demais
E por haver demais
Realidade.
Houvesse mais sonho
Mais sorrisos tolos
Sem razão,
Houvesse mais alegria
Mais partilha
E então a poesia
Não gritaria jamais!...
Mas neste mundo fechado
À beleza
À simplicidade
E à verdade
A poesia grita a vontade
De sermos Homens
De sermos mais!
Fala da alma do mundo,
Não do corpo
Não da terra
Não do que é só por si.
Fala do invisível em mim
Fala das lágrimas sem nexo
Fala do amor sem fim.
A poesia é ela mesmo
O que não existe lá fora
Só porque enste agora
Toda a gente escolhe esconder
O que é
O que faz mover
Todo o tempo...
A poesia é toda ela enlevo
Mistério
Silêncio...
É o que não se ousa dizer
E ás vezes nem pensar
Porque é tão difícil ousar
Procurar a verdade!...
-Vai oh grito do meu peito!
Ganha forma
Ganha ritmo
E deste jeito,
Faz-me ser mais eu,
Leva-me de mim
Sempre mais alto, mais longe
Sempre, sempre
Até ao fim!...
Joaninha
Foi este o livro que me impulsionou a reabrir o meu blog.
Comprei-o ontem. Li mais de metade. E o resto obrigei-me a não ler. Para que as palavras me falem também noutros dias.
O que já li quero reler. Sublinhar. Ficar com frases a ecoarem-me na cabeça.
Quero emprestar o livro. Dizer a este e ao outro: vês? Não sou só eu que penso assim.
Não são só os assuntos que me interessam. São as palavras. As frases. O ritmo acelerado. São os muitos parênteses que revelam segredos, ou inconvenientes, ou aquelas coisas que, não sendo assim tão importantes, normalmente não são ditas, e quando o são conseguem colorir tudo.
Na contracapa:
“Na verdade, o mundo interior não divide as pessoas entre as estranhas e as de família. Mas entre os viajantes e os aventureiros, os arquitectos do nosso coração e os alquimistas. Os viajantes e os aventureiros são pessoas que nos surpreendem, de passagem. Os arquitectos do nosso coração rasgam avenidas ou desvendam planaltos. Os alquimistas transformam-nos sempre que nos dizem: «Chega-te a mim… e deixa-te estar».”
O que se diz dele:
“Há pessoas sem prazo de validade. E é por isso que quando escrevem, esses textos também ficam para sempre. Podemos lê-los hoje ou amanhã, duas horas antes das refeições ou deitados num sofá, e tocam-nos sempre. E alargam-nos os neurónios, e fazem melhor à alma do que as vitaminas. E às vezes dão-nos, finalmente, a autorização de que precisávamos para chorar. Outras fazem-nos desconfiar: «De onde é que este tipo me conhece?» Mas valem sempre a pena ler, porque quando se faz ginástica com a linha do horizonte e a curvamos à nossa medida encontramos o Eduardo Sá.”, Isabel Stilwell, Noticías Magazin